O eixo das diversas relações, com base nas múltiplas culturalidades, depreende o esteio necessário à consolidação das negociações. O mundo das comunicações, a amplidão da tecnologia e o intricado eixo das interconectadas relações políticas, econômicas e jurídicas internacionais revelam, em meio ao cenário dos últimos meses, que embora haja fronteiras entre os Estados, uma pandemia pode, sim, afetar os mais diferentes negócios e de maneiras diversas.

Gerar-se-á, de tal maneira, barreiras inimagináveis. A maneira como nos relacionamos atualmente sofrerá grande impacto, desde as relações interpessoais às relações corporativas e econômicas. Mudanças nas mais diversas maneiras tendem a perpassar novos questionamentos, os quais ainda não são sabidos; quiçá as repostas.

O protecionismo econômico, as disputas por patentes de medicamentos (possíveis e futuras), a proteção cambial em meio aos contratos de importação e exportação, as relações de trabalho, são alguns dos exemplos, da seara jurídica que convergem às outras, que darão o tom dos próximos meses e perpassarão às mesas de discussões. As relações contratuais pactuadas anteriormente serão cumpridas conforme contratado? A indicação é de que sim, porém, de imediato, é impossível determinar.

Independentemente, como substrato das relações contemporâneas, a emergência dos contratos sobressai frente a múltiplos tipos e espectros de seguranças: das seguranças jurídicas às organizacionais, das seguranças econômicas às transfronteiriças. Em um análise corrente, verifica-se a necessidade de resguardar-se. Quais os questionamentos capilares que circundam as relações atuais que se moldarão logo mais à frente? Quais são as suas?

Marcus Mocelin