O Impacto da Tecnologia na Atuação do Advogado

O impacto da tecnologia no Direito ocorre de duas formas: o uso dos meios eletrônicos trouxe questões nunca antes enfrentadas pelos profissionais do Direito, que necessitam desenvolver soluções para problemas antes inexistentes; de outra parte, a tecnologia modificou a prestação dos serviços jurídicos, e a forma como deve ser a capacitação profissional.

A capacitação do profissional do Direito deve ser “atualizada”, diante das novas tecnologias. Muito embora, o Brasil estime um atraso de 10 anos em relação as tecnologias aplicadas ao Direito, tal fenômeno começa a surgir aqui nos trópicos. Exemplo é o que ocorreu no TJ – Minas Gerais, onde foi realizada uma rara sessão, em que com apenas um clique no teclado, julgou-se 280 processos.

O caso de Minas Gerais não é o único, o sistema Victor, no âmbito do STF, que utiliza inteligência artificial, e está sendo testado para ler todos os recursos extraordinários e identificar quais podem ser julgados com base na jurisprudência do próprio Tribunal. Não só entre os tribunais do Brasil, hoje o mercado brasileiro possui mais de 100 startups que oferecem serviços tecnológicos ao mercado jurídico.

Isso gera uma mudança no modus operandi dos profissionais do Direito, em que os escritório de advocacia devem criar um ambiente de trabalho em conjunto com profissionais de tecnologia. Também, será necessário conhecimentos dos acadêmicos e profissionais de Direito em programação e linguagem computacional, para que seja otimizado funções não producentes e assim, facilitar o trabalho.

Não estamos prevendo a extinção do advogado, mas uma grande adaptação dos profissionais do Direito. Mas é fato que o advento das tecnologias desqualificará muitos profissionais do mercado de trabalho que não procuraram se adaptar. Pois, é realidade nos escritórios americanos e britânicos a otimização do trabalho pelas novas tecnologia (e-learning, High-Tech Tools, Machine Learning). Não demora para esta realidade chegar ao Brasil, impondo uma nova postura dos profissionais do Direito frente a “onda”  ou tsunami de tecnologia.

 

Gravina Advogados – Gabriel D. Debarba

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