Frete Versus o Preço do Óleo

A ameaça de greve do transporte rodoviário de cargas será constante, e o óleo é o seu maior custo. Os aumentos, sucessivos e inevitáveis, são imediatamente transferidos aos caminhoneiros.
O contexto se agrava na oscilação da demanda da produção. E, nos momentos de baixa, torna-se mais acirrada a concorrência entre os caminhoneiros.
Desequilibrou a equação. A frota continuou aumentando, sendo que a produção industrial diminuiu ou segue estacionada em muitos setores.
O fato é que a viabilidade econômica do transporte, em todas as suas finalidades, depende de um enxugamento da frota em operação. O governo é um expert em lidar com altas somas.
Por meio de programa econômico e mesmo do BNDES, assim como pelos movimentos naturais do mercado transportador será necessário reequilibrar a economia do transporte rodoviário de cargas, sem ter de patrocinar uma tabela de frete mínimo.
Adquire os caminhões dos que estão em dificuldades mais prementes – no caso dos autônomos – e libera os seus proprietários para o emprego em empresas transportadoras, de onde muitos vieram. As empresas de transportes precisam de bons motoristas.
Os caminhoneiros estarão com algum dinheiro até nova atividade, uma espécie de fundo de garantia do trabalho autônomo.
A solução para os veículos retirados voluntariamente de operação, e amparados por lei especial, pode ser a de um leilão internacional, com proibição de futura utilização dos caminhões vendidos, em território brasileiro.
A fórmula não é novidade entre países da Europa e África, e os resultados tendem a ser positivos, inclusive do ponto de vista da profissionalização das transportadoras e renovação da frota.

Marcus Vinicius Gravina
OAB 4.949
(16.04.2019)

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